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Quem paga pela redução do metano na pecuária?

A redução das emissões de metano na pecuária, tanto na produção de carne quanto de leite, é um tema central nas discussões sobre sustentabilidade e mudanças climáticas. Com as metas globais de mitigação do aquecimento global, especialmente as estipuladas pelo Acordo de Paris e pelo Compromisso Global do Metano, a pergunta que se coloca é: quem deve pagar por essas reduções? Confira a análise baseada no artigo da eDairy News 'COMPROMISSO GLOBAL | CARNE E LEITE: QUEM PAGA PARA REDUZIR O METANO?'


Destaque

O Impacto do Metano na Pecuária


O metano é um dos principais gases de efeito estufa, contribuindo, portanto, para o aquecimento global. Na pecuária, as emissões de metano são predominantemente oriundas da digestão dos ruminantes (metano entérico) e do manejo dos dejetos. Apesar de soluções para mitigar essas emissões estarem disponíveis, elas geralmente implicam em custos adicionais para os produtores, o que levanta a questão de como esses custos devem ser distribuídos.

Gráfico

Fonte: UNFCCC 2022 -  United Nations Framework Convention on Climate Change 


Soluções e Custos


Entre as estratégias mais promissoras para reduzir as emissões de metano na pecuária estão a adoção de aditivos alimentares, melhorias na eficiência alimentar e a implementação de práticas agrícolas regenerativas. No entanto, cada uma destas soluções tem seus custos de implementação, e não necessariamente agregam valor ao preço de venda do leite para a indústria. A pergunta então é: esses custos devem ser absorvidos pelos próprios produtores, repassados aos consumidores ou subsidiados por políticas governamentais?


A Responsabilidade Compartilhada


A discussão em torno de quem deve pagar pela redução do metano envolve a todos, e por isso uma abordagem colaborativa pode ser a chave para o sucesso. Os governos podem implementar subsídios e incentivos fiscais para facilitar a adoção de tecnologias de mitigação de metano. Os consumidores, por sua vez, podem estar dispostos a pagar um preço premium por produtos diferenciados, desde que sejam devidamente informados sobre as práticas adotadas na produção da matéria-prima. Já os produtores precisam de apoio técnico e financeiro para implementar as mudanças necessárias sem comprometer sua competitividade.


Conclusão


A questão de quem paga pela redução do metano na pecuária não tem uma resposta simples. Está claro que uma abordagem integrada, envolvendo produtores, consumidores e governos, é essencial para garantir que as metas de sustentabilidade sejam alcançadas sem prejudicar a viabilidade econômica do setor. Havendo ciência de que a adoção de práticas sustentáveis na pecuária é fundamental, a responsabilidade para uma implementação de forma ampla deve ser compartilhada entre todos os envolvidos.


Para uma análise mais detalhada, confira o artigo completo em eDairy News: https://br.edairynews.com/carne-leite-quem-paga-reduzir-metano


Publicado no eDairy News por: Valeria Hamann

Fonte: Globo Rural

Autores Wagner Yanaguizawa e Andres Padilla


Wagner Yanaguizawa é analista de economia na Rabobank e Andres Padilla é especialista em indústria e pesquisa na Rabobank.

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