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Caso de sucesso: parceria entre Rurale e ESGpec leva o BEA Score ao campo e gera aprendizados reais

Atualizado: há 7 dias

No coração das transformações mais relevantes da pecuária leiteira brasileira está uma parceria que une tecnologia, ciência e campo: a união entre Rurale e ESGpec. O resultado dessa colaboração é mais do que números – é uma jornada real de evolução nas fazendas leiteiras. E no centro dessa transformação está o BEA Score, ferramenta de avaliação de bem-estar animal disponível no aplicativo ESGpec, dentro da função PEC Scores.


Recentemente, essa história ganhou voz no programa Conexão Pecuária, apresentado pelo jornalista Pedro Ernesto Macedo, no canal Conexões Agro. O episódio, com o tema “O bem-estar animal muda a qualidade do leite?”, reuniu especialistas e protagonistas do campo para contar como dados, diálogo e dedicação estão elevando o padrão da produção leiteira no país. (ao final do texto, você poderá conferir o programa completo).


Conexões

Uma ferramenta simples para um desafio complexo


Criado pela ESGpec, o BEA Score nasceu com o propósito de tornar mensurável e aplicável o conceito de bem-estar animal nas condições brasileiras. “Adaptamos diretrizes internacionais e transformamos em uma ferramenta acessível, clara e útil para técnicos e produtores”, explica Heloise Duarte, veterinária e cofundadora da ESGpec. “Queríamos que o produtor entendesse que bem-estar é possível em qualquer sistema produtivo – seja a pasto ou confinado – e que não exige necessariamente grandes investimentos.”


Mais do que uma ferramenta, o BEA Score representa um ponto de virada no modo como o bem-estar é tratado nas fazendas. Como destaca a própria Heloise:


“Esse tema de bem-estar sempre foi muito caro para mim. A gente tentou transformar indicadores técnicos e complexos em algo que desse uma visão clara para o técnico e o produtor sobre como estão nessa jornada. E isso foi possível graças à colaboração com os profissionais da Rurale, que nos ajudaram a adaptar a ferramenta à realidade do campo.


Rurale no campo: 211 fazendas, 3 estados, muitos aprendizados


A Rurale assumiu o desafio de aplicar o BEA Score no campo e transformá-lo em ação concreta. A equipe visitou, até o momento, 211 fazendas nos estados de Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul, utilizando a ferramenta como um verdadeiro “check-up do bem-estar animal”. O resultado foi uma média de quase 7 pontos, nos 10 possíveis, com casos de evolução significativa e aprendizados valiosos.


O mais impactante foi ver como a ferramenta desperta a consciência dos produtores,” conta Jovana Azevedo, da Rurale. “Ao avaliar pontos como limpeza de bebedouros ou sombra para os animais, conseguimos mostrar como pequenas melhorias podem gerar grandes impactos na produção e na saúde do rebanho.”


Para Luiz Felipe, também da Rurale, o BEA Score representou uma verdadeira virada de chave: “A ESGpec conseguiu transformar um tema tão abstrato em algo que conseguimos aplicar no dia a dia da fazenda. O BEA Score é como uma verdadeira aula — o checklist te guia, te orienta ao longo do caminho. Conseguimos mostrar ao produtor que o bem-estar animal não é um bicho de sete cabeças. São práticas simples, muitas já adotadas, mas que agora são reconhecidas e organizadas. E, quando temos uma visão macro da fazenda, conseguimos identificar onde atuar para tornar aquela propriedade mais eficiente — uma verdadeira empresa leiteira que gera frutos para todos que dela participam. Foi fantástico ver como algo tão técnico pode se transformar em uma ferramenta prática, que realmente engaja o produtor e gera resultado.”


Bem-estar animal e humano: uma conexão indissociável


Durante o programa, o conceito de “One Welfare” (bem-estar único) surgiu como um norte. “É impossível ter um excelente bem-estar animal sem um ambiente equilibrado para as pessoas que trabalham na fazenda”, reforçou Heloise. A ferramenta, inclusive, já prepara o caminho para a aplicação do People Score, que avalia o bem-estar dos colaboradores. A proposta é clara: cruzar os dados de pessoas e animais para orientar as propriedades em decisões mais sustentáveis, eficientes e éticas.


Qualidade do leite: um reflexo direto do bem-estar


Com mais de uma década de experiência em qualidade do leite, Jovana reforçou que o fator mais determinante na produção de leite de alta qualidade é a capacitação das pessoas. “Muitas vezes, o colaborador está executando as tarefas sem entender o porquê. Quando ele compreende o impacto de uma simples ação, tudo muda”, disse. Treinamento, clareza e gestão são os pilares destacados como essenciais para transformar o cotidiano da ordenha em resultados tangíveis.


Além disso, foi observada uma forte correlação entre fazendas com maior produtividade e melhores BEA Scores, confirmando que o bem-estar animal vai muito além do discurso — ele se traduz em eficiência, qualidade e resultados concretos.


Um futuro promissor (e medido em dados)


Para 2025, a expectativa da Rurale é dobrar o número de propriedades avaliadas e iniciar o segundo ciclo nas fazendas já participantes. Com isso, será possível fazer comparações evolutivas, mapear avanços regionais e até construir benchmarks setoriais, mostrando quais práticas estão gerando melhores resultados em cada território.


“A tecnologia que transforma é a que parte das pessoas,” conclui Pedro Ernesto.O BEA Score provou ser mais do que um índice: é um instrumento de transformação silenciosa, porém poderosa, que ajuda produtores a tomarem decisões mais inteligentes, humanas e sustentáveis.


Sobre o programa


O episódio “O bem-estar animal muda a qualidade do leite?” faz parte do programa Conexão Pecuária, apresentado pelo jornalista Pedro Ernesto Macedo, no canal Conexões Agro, pelo instagram. Participaram do episódio:

  • Heloise Duarte – Cofundadora da ESGpec

  • Jovana Azevedo e Luiz Felipe – Representando a Rurale

  • Celso Eduardo – Agrônomo da Equilíbrio Rural

  • Luiz Gustavo Pereira – Professor da Universidade de Copenhague (Dinamarca)


O programa abordou de forma leve, técnica e inspiradora a importância do bem-estar animal e humano para a sustentabilidade da pecuária leiteira brasileira. 



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