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Agricultura regenerativa na pecuária leiteira: práticas, benefícios e desafios

Atualizado: 29 de out.


Exemplos

Diante aos atuais desafios ambientais, climáticos e de segurança alimentar para uma população crescente, produzir de forma sustentável é fundamental. Podemos ir além, adotando práticas regenerativas, que como o nome indica, permitem que a atividade continue sem danos ao meio ambiente e também conduzem à recuperação e melhoria do ecossistema no qual a atividade rural está inserida.


A agricultura regenerativa promove práticas que contribuem para saúde do solo, a biodiversidade e a resiliência dos ecossistemas. Sua implementação aumenta o sequestro de carbono e reduz as emissões de gases de efeito estufa (GEE), restaura o equilíbrio ecológico e aumenta a produtividade e longevidade das fazendas.


As práticas regenerativas envolvem três principais áreas: saúde do solo, biodiversidade e sequestro de carbono, e podem ser aplicadas a todos os tipos de fazendas leiteiras: a pasto, confinamentos e semiconfinamentos, orgânicas. Seguem alguns exemplos de práticas regenerativas:


Cobertura do Solo: Plantar culturas de cobertura durante as entressafras para melhorar a fertilidade do solo, prevenir a erosão e aumentar a biodiversidade.


Rotação de Culturas: Alternância de culturas para interromper ciclos de pragas, melhorar a estrutura do solo e aumentar a disponibilidade de nutrientes.


Plantio Direto/Sem Revolvimento do Solo: Minimizar a perturbação do solo para manter sua estrutura, melhorar a retenção de água e sequestrar carbono.


Silvipastoril: Integrar árvores e arbustos nas pastagens, proporcionando sombra para os animais, melhorando a biodiversidade e aumentando o sequestro de carbono e a fixação de nitrogênio no solo.


Quebra-Ventos: Plantio de linhas de árvores para proteger o solo da erosão e melhorar os microclimas.


Compostagem: Usar esterco e resíduos orgânicos para criar composto a ser aplicado nas áreas de pastejo ou cultivo, devolvendo nutrientes ao solo, aumentando a matéria orgânica e reduzindo a necessidade de fertilizantes sintéticos.


Policulturas: Cultivo de múltiplas espécies de plantas juntas para imitar ecossistemas naturais, aumentar a resiliência e a produtividade.


Pastejo Rotacionado: As vacas são movidas entre pastagens para permitir que as plantas se recuperem, promovendo a saúde do solo.


Restauração de Habitat: Criação ou preservação de habitats naturais garantindo a biodiversidade.


Um dos principais resultados das práticas regenerativas é a melhora na saúde do solo, devido ao aumento da matéria orgânica, ciclagem de nutrientes e atividade microbiana, além de melhoria da estrutura e fertilidade e maior infiltração e retenção de água, reduzindo o impacto das estiagens e a necessidade de irrigação. Há benefícios também no aumento da diversidade de plantas e animais, levando a ecossistemas mais resilientes e com controle de pragas e doenças facilitado por meio de relações naturais de predador-presa. A adoção resulta em maior sequestro de carbono no solo e na vegetação, associado a uma menor emissão de GEE garantida pelo aproveitamento dos dejetos e redução do uso de fertilizantes sintéticos. Por fim, a contribuição chega à rentabilidade da atividade: menor gasto com insumos devido à menor dependência de fertilizantes e pesticidas sintéticos e aumento da produtividade por meio de solos e animais mais saudáveis.


Há, no entanto, desafios na implementação de práticas regenerativas, como ocorre na maioria das situações em que se propõem novas formas de pensar e produzir. Em um primeiro momento, há a possibilidade de redução da produtividade das culturas a curto prazo, que deve ser planejada para que a atividade leiteira não sofra os impactos. Também deve-se considerar o período de curva de aprendizagem no manejo regenerativo. A existência de mercado consumidor para produtos diferenciados e a concretização de políticas e apoio financeiro para a adoção de tais práticas podem facilitar o processo de adoção. A comunicação assertiva é fundamental para trazer maior relevância ao tema e tornar as práticas regenerativas na pecuária leiteira mais comuns e prevalentes. Além disso, é necessário que haja formas de mensurar e verificar os resultados da aplicação dessas práticas para que possamos, como setor, embasar decisões e fomentar novas ações.

A agricultura regenerativa oferece um caminho promissor para a pecuária leiteira ao melhorar a saúde do solo, aumentar a biodiversidade e mitigar GEE, indo além e contribuindo para uma maior produtividade e rentabilidade. Existe um movimento global em direção às práticas regenerativas, apoiado por agricultores e pecuaristas inovadores, instituições de pesquisa e iniciativas públicas e privadas. Abraçar a agricultura regenerativa possibilita a produção com envolvimento, conectada com a natureza de forma equilibrada, integrada e biodiversa!


 

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